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sexta-feira, 3 de março de 2006

Sinal fechado

"Pra semana, o sinal
Eu procuro a você, vai abrir, vai abrir"
Paulinho da Viola (Sinal Fechado)


Quinta-feira, 01:30 da madrugada, Mr. Teeth voltando pra casa de carro. Chego a uma esquina e vejo um carro, sozinho no meio da rua, parado. Acho estranho, àquela hora, alguém parado no meio da rua, mas entendi: o infeliz estava parado em um sinal fechado! Pois vejam como são as convenções, em plena madrugada, o cara pára para uma luz vermelha, fica olhando para ela, hipnotizado, até que ela se apague e a verde acenda. É capaz de passar a noite ali, se o sinal for comandado por um computador com windows travado: "Este programa executou uma operação ilegal e será fechado - aperte qualquer tecla", e o operador que deveria apertar a tecla está dormindo e babando em cima do teclado.

Em tempos de CPI's e mensalões, é uma pouca vergonha a gente ficar obedecendo a essas convenções anacrônicas, com medo de aparecer um guarda - e, acreditem, é capaz de aparecer um, de moto, a essa hora pra multar o pobre-coitado - e ter que, além de pagar multa, levar 1500 pontos na carteira, ser chicoteado em praça pública e castrado. Hoje tem que ter lei para que os meritíssimos juízes não contratem seus queridos parentes para os cargos que deveriam ter concurso, e nós continuamos parando no sinal vermelho de madrugada.

O pior de tudo é que além do risco de levar uma multa, corremos também o risco de um assalto (bem menos provável a essas horas, que os assaltantes já foram dormir), mas bem mais violento, porque os assaltantes de sinal usam revólveres. Os assaltantes de Brasília usam canetas. E não dormem cedo.

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