Normas

Da Paraíba para o mundo, com amor:

Todo o material publicado nesta página representa o ponto de vista parcial e preconceituoso de um indivíduo do século passado. Se você achar aqui afirmativas que lhe pareçam sexistas, xenófobas, racistas ou, de qualquer outra maneira, ofensivas a seus pontos de vista, pare de ler imediatamente. Ou prossiga, a seu próprio risco. Ou não.

Use antes de agitar: leia as normas do blog e lembre-se: comentários são moderados. Anônimos não serão publicados.

E aproveite que eu sou professor: se você achar que eu posso ajudar, mande um e-mail para mrteeth@ghersel.com.br

sábado, 28 de abril de 2007

Sumido

Devo desculpas aos meus 3,5 leitores, ando sumido ultimamente. Culpa da maldita (?) profissão de professor, que eu tanto adoro. Um curso de graduação e dois de pós-graduação me rendem centenas de provas e trabalhos pra corrigir e umas tantas aulas pra preparar. Além disso, classificar e tratar as imagens digitais que fizemos na clínica, publicar os roteiros das aulas, organizar as listas de presença, tabular as notas práticas... ou seja, o blog sempre fica por último, infelizmente.

Desculpem-me, novamente, mas na próxima semana tem congresso em Bauru e, como eu gosto da cidade e o congresso é bom, devo ir, mesmo estando curto de grana. Então as reclamações no blog vão ter que esperar mais um pouco.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Quem imita quem...

Mas quem sou eu nessa vida tão louca?
Mais um palhaço no teu carnaval
Tom Jobim (Tema de amor de Gabriela)

Peraí... Aparecer um refrigerante que imita água já é uma coisa bem estranha, mas alguém imitar a "invenção" já é demais!

Nem é demais... na verdade, hoje nós vivemos num sistema em que somos otários pedindo pra ser enganados. Produtos que não valem nada, vendidos por verdadeiras fortunas, coisas de que não precisamos anunciadas como se fossem absolutamente necessárias, pessoas mentindo na maior cara-de-pau. E nós, imbecis, acreditando.

Então eu me pergunto: se o refri imita água... mas eu tenho água em casa. Eu coloco limão e faço tereré*, não preciso pagar uma grana por uma garrafinha de água com limão no restaurante. Até porque eu prefiro cerveja. Será que não vão lançar um cigarro que imita o ar, ou uma água que imita pinga?

*Pideite: Tereré é bebida da minha infância, na oficina do meu pai, que foi torneiro mecânico até se formar em Odontologia. Hoje ele é mestre e doutor, professor aposentado, mas ainda guarda ferramentas e conserta de um tudo o que lhe cai nas mãos. Eu eu, às vezes, vou tomar tereré com ele, pra relembrar a oficina.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Como é mesmo?

O que será que será
Que dá dentro da gente que não devia
Que desacata a gente que é revelia
Chico Buarque (
O que será)

Eu vivo recebendo e-mails totalmente inúteis, normalmente com anexos .pps ou .wmv que eu apago sumariamente, mesmo que vindos de amigos queridos ou familiares. Eu tenho mais o que fazer, não vou ficar horas lendo uma apresentação pesadíssima no Power Point, com música melosa ao fundo, dizendo pra eu ser mais paciente com as pessoas. Eu sou impaciente, sim, e daí? Quem acha isso ruim, não fique perto.

Hoje recebi um falando de odontologia, e só abri porque era texto puro, sem firulas. Li tudo, concordo com uma porção de coisas e discordo frontalmente de outras. É um texto escrito pelo colega Otávio Colonna, publicado no site Medcenter, falando sobre a diferença que faz a 'consulta inicial' ser chamada de 'orçamento'. Até aí eu concordo, o colega afirma que para se fazer a primeira consulta nós investimos na nossa formação e isso não se resume a fazer um orçamento, mas ele coloca que isso é um hábito que nós temos e que vai em detrimento (sic) do marketing odontológico.

Ora, vocês todos sabem o quanto eu a-d-o-r-o (atenção, um link em cada letra!) marketing! Só de escrever a palavra eu fico todo arrepiado. Credo!

Bom, mas o que me chateou no artigo muito bem escrito, é que ele não afirma categoricamente que essa consulta inicial deve ser cobrada. Talvez o doutor tenha ficado receoso em cutucar a ferida dos adeptos do 'marketing da mentira', onde o profissional diz que não vai cobrar, o cliente acredita, ele cobra de outro jeito e fica todo mundo feliz. Eu acho que um profissional que estudou no mínimo 14 anos para poder colocar a placa na frente do consultório merece receber pelo seu serviço. Ou você não acha que é totalmente indigno pedir para que o CD faça a consulta inicial de graça? Você pede ao jardineiro que corte a grama de graça? Ou ao vendedor, que lhe dê uma camisa? Não. São serviços que são pagos sem qualquer discussão, mas o dentista tem que 'dar uma olhadinha', sem cobrar. Bonito, né?

Então, eu não ligo se chamam de orçamento, desde que paguem pelo meu serviço. Eu vivo dizendo que não está certo colocar o dinheiro à frente do bem-estar do seu paciente, mas pedir pra fazer de graça já é demais!