Normas

Da Paraíba para o mundo, com amor:

Todo o material publicado nesta página representa o ponto de vista parcial e preconceituoso de um indivíduo do século passado. Se você achar aqui afirmativas que lhe pareçam sexistas, xenófobas, racistas ou, de qualquer outra maneira, ofensivas a seus pontos de vista, pare de ler imediatamente. Ou prossiga, a seu próprio risco. Ou não.

Use antes de agitar: leia as normas do blog e lembre-se: comentários são moderados. Anônimos não serão publicados.

E aproveite que eu sou professor: se você achar que eu posso ajudar, mande um e-mail para mrteeth@ghersel.com.br

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Direito de votar?!?

Cuidado com polícia! Cuidado com ladrão!
Não seja condenado a votar em canastrão! Obrigado não!
Rita Lee (Obrigado não!)

Eu sei, eu sei, todos os meus 2,5 leitores já estão enjoados de ler minhas broncas contra o sistema eleitoral brasileiro, em especial contra o voto obrigatório. Mas uma das coisas que eu posso fazer contra o que eu não concordo é esbravejar e escrever na internet, porque o que a gente escreve aqui fica disponível para o mundo todo. Eu não quero perder essa chance. Se eu jogo uma gota de água sobre a floresta em chamas, estou fazendo o que é possível para mim, já que eu não posso quebrar a cara do infeliz que inventou essa coisa indigna que é voto obrigatório.

E a grobo ainda tem a cara-de-pau de dizer que é "direito" de cidadão. Direito é poder escolher. Direito é poder dizer "dane-se!". Direito é poder se omitir, eu tenho o direito de ser alienado, burro, escroto, o que eu quiser, desde que não atrapalhe os outros, ou até atrapalhando.

Eu quero ter o direito de dormir o dia inteiro no domingo, sem ser obrigado a sair para votar em um bando de bandidos que vão me extorquir durante 4 anos, vão rir da minha cara de otário e bancar os importantes. Eu quero ter o direito de me sentar em um bar e tomar minha cerveja no domingo. Eu quero ter o direito de mandar todos os políticos para o inferno. Ou não.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

5 fatos sobre o Mr. Teeth

Quem é você?
Adivinhe, se gosta de mim
Chico (Noite dos mascarados)

Hoje eu resolvi me mostrar um pouco pra que está muito curioso, então vamos lá:
  1. Eu adoro cerveja. Bavaria Premium, de preferência, mas também sei apreciar uma Bohemia Weiss ou uma Kaiser Bock, se a situação, a comida pra acompanhar e a temperatura ambiente permitirem. Na praia eu bebo até Brahma.
  2. Música brasileira. Sambas antigos (Cartola é o rei), Chico, Arnaldo Antunes, Oswaldo Montenegro, Almir Sater, Toquinho, Raul Seixas, Rita Lee... e por aí vai. E chorinho! Eu adoro TODOS os chorinhos, começando por Pixinguinha e passando por todos os estilos de choro, desde o luxo do piano de Ernesto Nazareth até a simplicidade sofisticadíssima de Jacob do bandolim, que fazia aquelas frases fantásticas parecerem fáceis. Fora isso, Beatles, Eric Clapton e BB King. Chega.
  3. Sou bem organizado e metódico com as coisas, mas só consigo cumprir tarefas em cima do prazo, com a água batendo na bunda. Sei lá, rende mais assim. Não consigo fazer nada com antecedência.
  4. Auto-didata em informática, até que eu me viro bem com os programinhas que preciso usar. Monto meus próprios computadores, instalo e configuro minhas redes, construí sozinho meu website. Até que não ficou ruim.
  5. Pra comer eu gosto de quase tudo. Nuca vi gordinho enjoado pra comer, então, se for menor do que eu, eu como. Se for maior, eu corto em pedaços e como. A única coisa que eu não gosto é pimentão. Eu odeio pimentão. Tenho horror de pimentão!!! Mas eu vou confessar que o meu coração bate forte por churrasco e por feijoada. E eu gosto de fazer a comida. Tomando uma cerveja, claro.

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Quem?!?

O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Noel Rosa (Filosofia)

Mais do que as ações da bandidalha política que atualmente frequenta as páginas policiais dos noticiários, eu me espanto com os nomes. Nem vou falar de nomes de candidatos, tão cândidos em seus apelidos inventados - como Lulas, Sarneys, professores e doutores - mas dos nomes de dois 'acessores' que foram pilhados em flagrante delito de comprar informações fabricadas contra outro político. Como eu não acredito em político honesto, papai noel, saci pererê e mula-sem-cabeça, eu acho que ladrão que rouba ladrão deveria ir preso junto. Mas esses dois têm nomes de arrepiar: Valdebran e Gedimar!

Poderiam ser irmãos. Eles têm o tipo do nome que parece que foi resultado de uma colagem dos nomes do pai com o da mãe, ou de algum avô ou avó que já tinham nomes esquisitos. Dá vontade de remontar os dois, tipo Valdimar e Gedebran, mas não resolveria muito, continua estranho. Ou Gedival e Debramar... piorou!

Será que no Brasil os aspones têm nomes esquisitos por imposição da profissão?

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Até tu?

Fui num samba lá no morro, nunca vi tanta limpeza
Era proibido cafungar, fumar bagulho e beber cerveja
Bezerra da Silva (Tem coca aí na geladeira)

Primeiro foi a dipirona. Lá na gringolândia a dipirona é proibidíssima, alegadamente por causar agranulocitose fatal, doença de espantosa raridade nas terras ao sul do equador, até porque, provavelmente, quem morre de agranulocitose por aqui deve receber a tarja "diarréia" no atestado de óbito. Mas fato é que a dipirona é um dos analgésicos mais seguros que eu conheço, uso com frequência, prescrevo aos meus clientes e só não dou para as minhas filhas tomarem porque elas, como metade da minha família, têm alergia a esse fármaco. Mas eu tomo.

Agora é o diclofenaco. Recente publicação científica relata que o danado aumenta em até 40% o risco de ataque cardíaco. Mas justo o diclofenaco?!? Uma medicação tão útil, simples, segura (até que se prove o contrário), barata... Parece que a coisa vai mal, cada vez mais somos tolhidos das nossas opções por medicamentos eficazes e consagrados, sendo obrigados a recorrer a novas formulações, caras, cheias de efeitos colaterais, complicadas, com grife, royaties e outros palavrões estrangeiros.

E os nossos velhos conhecidos dipirona e diclofenaco amargam o ostracismo por conta de fatalismos. Até quando o ácido* vai resistir?

*Atentem, caros leitores, que quando falo de ácido me refiro ao bom e velho AAS, ou Ácido Acetil Salicílico, analgésico e antiinflamatório de comprovada eficácia, pequeno custo e enorme difusão entre as camadas mais esclarecidas da população, que tem, como principal efeito colateral, colaborar para 'afinar' o sangue, prevenindo infartos. Até quando?

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Presbiopia

Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
Nando Reis (Os cegos do castelo)

Você não leu errado, o título do post é esse mesmo, 'presbiopia', o pequeno problema de visão dos maiores de 40, vulgarmente chamada de 'vista cansada', que obriga os corôas a afastar o papel do rosto para ler as letras menores. Segundo os especialistas, acontece com todo mundo.

Eu, com meus 43 anos de idade (mas com corpinho de 42), já começo a apresentar os primeiros sintomas. Sempre tive um pouco de hipermetropia, então nunca fui bom em olhar as coisas muito de perto, sempre preferi uma certa distância, mas agora sinto que essa distância fica cada vez maior. E algumas letras são definitivamente impossíveis de se ler. É o clássico problema de DNA (Data de Nascimento Antiga). Mas, eis que surge uma esperança...

Só de pensar em usar óculos eu fico deprimido. Uso óculos escuros sempre que estou fora de casa, um pouco de fotofobia que acompanha todos os hipermétropos me obriga a isso, mas a idéia de usar óculos para ler não me agrada. Agora parece que inventaram uma cirurgia a laser que corrige ou, pelo menos, ameniza o problema. Para dentista, enxergar mal é um castigo. Meu problema ainda não atrapalha meu trabalho, eu só sinto dificuldade com bula de remédio e com rótulo de iogurte (principalmente letras pretas em fundo escuro brilhante), mas me sinto bem mais tranquilo sabendo que tenho uma esperança de adiar o uso dos óculos por alguns anos.

Bom que a medicina avança!

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Sobre as raças

Percebam que a alma não tem cor
Ela é colorida, ela é multicolor
André Abujamra (Alma não tem cor)

Dia desses eu ouvi uma reportagem sobre racismo, e a pessoa disse que a miscigenação é a destruição das raças, querendo com isso justificar-se. Ora, eu, na hora, entendi que não há nada mais desejável no mundo do que a destruição das raças. Ficamos com uma só, a raça humana. Ou, no mínimo, a raça brasileira, uma mistura maravilhosa de negros, índios, europeus, orientais, mouros, marcianos, venusianos e qualquer outra nuance de cor, textura ou cultura que aparecer.

Porque as pessoas de "raças puras" não são tão bonitas quanto as misturadas. Nem quero pensar na possibilidade de um Brasil sem misturas, sem as fantásticas colaborações que as diversas origens do nosso povo trouxeram à nossa cultura, à nossa cor, às nossas pessoas.

Sim, seria um mundo utópico, aquele em que ninguém conseguiria, por mais que quisesse, reconhecer pelo rosto a origem das pessoas. Ou pelo nome. Um mundo em que a discriminação ficaria cada vez mais difícil, porque a aparência física não daria uma dica da origem. Viva a miscigenação!

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Eu também!

"Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em
torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."

Chico Buarque (Fado Tropical)

Agora é guerra: o acadêmico e beletrista Sir Ney (Sarney sarnento, pros íntimos) resolveu que é juri e juiz e mandou fechar um blog que falava umas verdades. O blog é de uma jornalista do Amapá, terra que ele escolheu para pagar os pecados de votar nele. Alcinéa se refugiou no blogger e continua com sua campanha "Xô, Sarney", à qual este humilde blogueiro se junta neste momento.

Aqui, minha pequena contribuição:

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Meu primeiro dente!

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Toquinho (
Aquarela)

Eu sou conhecido nos meios acadêmicos como o pior desenhista que uma faculdade de odontologia já conheceu. Pois agora veio a minha vingança, daqueles que zombaram dos meus desenhos de bonequinhos de palitos mal feitos. Eu comprei, como investimento na profissão, uma mesa gráfica digitalizadora, ou “grafic tablet”, como chamam os americanos.

É claro que esse periférico não melhorou em nada minhas habilidades artísticas, mas me permitiu umas artimanhas que eu desconhecia. Então o que eu fiz foi pegar o meu tamplate de traçado cefalométrico (uma régua que tem os dentes vazados, pra ficar fácil de desenhar) e fiz o desenho de um dente no papel. O papel foi colocado sob o plástico transparente da mesa e eu fiz o traçado básico. Ficou horrível, mas eu consegui transforma-lo no que eu considero meu melhor desenho até hoje!

Taí o resultado. Histórico, pois foi a primeira vez que eu consegui desenhar alguma coisa decente.