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terça-feira, 10 de janeiro de 2006

10 Mitos da Ortodontia 7

O tempo que dura um tratamento

Nenhum tratamento ortodôntico é igual ao outro, assim como não há dois seres humanos iguais. Eu já tive a oportunidade de tratar gêmeos idênticos, que tinham dentes completamente diferentes. Bom, completamente não, mas eram diferentes nas posições que ocupavam na arcada e, assim, os tratamentos foram diferentes também.

O mais importante de se ter em mente quando se inicia um tratamento é a máxima: "a pressa é inimiga da perfeição". É a mais pura verdade. Eu nem diria que um tratamento feito rapidinho fica mal feito, mas o cliente sofre mais. O custo biológico não compensa os pagamentos mensais a menos. Cada dente tem o seu próprio ritmo e é preciso respeitá-lo, sob pena de causar prejuízos irreparáveis. Normalmente a pressa em se terminar um tratamento resulta, no mínimo, em falta de acabamento no caso e algum nível de reabsorção radicular.

O acabamento é o refinamento do caso. É a fase em que o ortodontista faz movimentações mínimas para atingir a posição exata e precisa de cada dente, trabalham-se as inclinações das raízes e o engrenamento da oclusão. Essa fase é importante porque, muito além da questão estética, contribui para evitar recidivas. As inclinações, especificamente, são de extrema importântica para a estabilidade pós-tratamento. Já a questão das reabsorções é mais complicada: além de serem irreversíveis, podem levar à perda do dente. Essas reabsorções são relativamente comuns no tratamento, em pequenos graus. Quando a força utilizada para a movimentação é exagerada, as reaborções se tornam maiores e problemáticas.

Outro fator de importância é a idade do paciente. Jovens têm o metabolismo mais acelerado, os tecidos mais vascularizados e flexíveis, então é de se esperar que a movimentação dentária desses pacientes seja mais fácil e rápida, o que não significa que o tratamento seja mas curto. Como você pode ver, o tempo que dura um tratamento depende de inúmeros fatores, como a idade do paciente, o tipo de má-oclusão que se apresenta, a colaboração do paciente, suas condições de saúde, a velocidade de movimentação que o dente oferece, entre outras.

Mais uma vez eu afirmo: em ortodontia, a pressa é inimiga da perfeição.

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