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quinta-feira, 13 de julho de 2006

Convênios

Hoje o tempo está mais firme, abre mais meu apetite
Cura e seca meu bronquite algumas folhas de hortelã
Luiz Melodia (Estácio, eu e você)

Eu acredito que o futuro da Odontologia será a socialização, um processo que está em franco desenvolvimento com a medicina, podendo-se chegar ao ponto em que as necessidades odontológicas da população serão bancadas pelo estado, com os clientes atendidos em clínicas públicas ou particulares sem pagar diretamente pelo tratamento ao profissional. Isso é especialmente importante para que a população de baixa renda tenha acesso a tratamentos de qualidade, principalmente na área de prevenção. O cenário ideal teria três situações hipotéticas:

1. O cliente não tem como pagar pelo tratamento, dirige-se a uma clínica pública (posto de saúde) e é atendido, sem grandes demoras, por uma equipe bem treinada e bem remunerada e um profissional com boa formação na área específica. Nada lhe é perguntado, se ele pode pagar ou não, se tem seguro-saúde, convênio, nada. Ele também não paga pela consulta nem pelo tratamento, que são integralmente cobertos pelo estado. As desvantagens são o atendimento ambulatorial (clínica pública), sem hora marcada e sem continuidade no tratamento, ou seja, para cada atendimento o cliente precisa passar por todo o processo de identificação e fila de espera.

2. O cliente pode pagar por um tratamento um pouco mais diferenciado, dirige-se a uma clínica particular (consultório) e lá apresenta seus documentos que comprovam que ele é segurado por um plano de saúde que cobrirá parte dos custos de seu tratamento. Ele teria sua consulta agendada para um período que o profissional separou para atender pacientes de convênios e faria seu tratamento nessa clínica particular, com hora marcada. A grande vantagem é que o cliente recebe um atendimento personalizado, com hora marcada e continuidade no tratamento, porém este será feito exclusivamente nos horários determinados pelo profissional. Esse cliente paga por um plano de saúde, que se encarregará de repassar ao profissional os valores determinados em contrato.

3. O cliente tem condições de pagar por um tratamento particular, não depende de planos nem convênios e acerta os pagamentos diretamente com o profissional, recebendo em troca o tratamento com todas as mordomias a que tem direito.

Desnecessário dizer que na primeira hipótese o profissional é empregado do estado, concursado, especialista e recebe um salário compatível com sua função e com o número de horas trabalhadas, podendo também receber adicional por produtividade. É obrigado a se atualizar constantemente (ou recebe incentivo para isso) e tem boas condições de trabalho. Para o segundo cenário, os planos de saúde devem ser administrados por cooperativas dos próprios profissionais, pois planos privados normalmente exploram o cliente e o profissional, além de não oferecerem tratamento razoável.

Teoricamente nós temos isso acontecendo agora mesmo. Hoje, no Brasil, existem excelentes postos de saúde com atendimento 24 horas, bons profissionais que são muito bem remunerados e dos quais é exigido um desempenho mínimo, equipes bem treinadas e material de boa qualidade, sem custo para o paciente, que pode ser atendido via SUS e não precisa provar nada. Também temos as cooperativas de saúde, UNIMED e UNIODONTO que, embora não trabalhem juntas como deveriam, são administradas pelos profissionais e oferecem planos de saúde muito bons.

Não é assim?

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