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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

Contenção semi-rígida

"Com a corda mi do meu cavaquinho
Fiz uma aliança pra ela, prova de carinho"
Adoniran Barbosa (Prova de Carinho)

Eu, como ortodontista, trabalho muito próximo à odontopediatria, principalmente porque a minha mulher é odontopediatra. Aí eu acompanho com curiosidade os problemas mais interessantes que aparecem no consultório dela: traumatismos.

Às vezes a criança chega chorando, abre a boca e a gente tem a impressão de que ela mordeu um dinamite, tamanho o estrago. Foi uma queda, bateu a boca em alguma quina de parede, dilacerou a mucosa interna do lábio, abalou os incisivos, sangue, terra, saliva, tudo misturado. Os dentes balançando, a criança chorando, os pais em total estado de pânico. Nessas horas vale a tranquilidade do profissional para acalmar todo mundo, fazer um diagnóstico correto, radiografar e tratar o problema. Na maioria dos casos, uma contenção semi-rígida é a solução mais adequada.

Explico: os dentes abalados precisam de algum apoio para recuperar a implantação, esse apoio não pode ser rígido, precisa permitir algum movimento, para evitar problemas maiores, como uma anquilose, por exemplo. A maioria dos autores recomenda a fixação de um fio de nylon nos dentes, só que o profissional nunca se lembra de comprar um fio adequado. Seria uma linha de pesca .60 mais ou menos, mas isso nunca tem no consultório. Então a minha mulher descobriu o que seria perfeito para o caso: corda de violão. A primeira, mi, perfeita porque é de espessura e consistência rigidamente controladas, uma beleza!

Pronto, agora eu vou ficar sem tocar até comprar cordas novas.

Um comentário:

Luana disse...

AHHH!
Muito boa dica!!!