Se não brigo com você"
Zeca Pagodinho (Já mandei botar dendê)
Quando eu escrevi aqui sobre hierarquia, não esperava que estivesse citando a constituição americana. Nesta semana eu li uns trechos e achei incrivelmente parecido com o que eu penso e escrevi lá atrás, nos idos de janeiro deste ano. Diz lá, na revista Veja:
• O presidente é um servo do povo e, portanto, deve aos cidadãos obediência litúrgica e hierárquica.
• O mandato presidencial é uma missão constitucional a que um dos cidadãos do país se submete muitas vezes a contragosto e em prejuízo de suas atividades privadas. Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos Estados Unidos, disse: "Um homem honesto não sente prazer no exercício do poder sobre seus iguais".
Puxa, é uma delícia ver escrito em todas as letras que eu não estou sozinho com as minhas idéias. Eu já estava começando a me acostumar com o fato de ser um bicho estranho, com idéias doidas de que eu sou patrão dos engravatados de Brasília, eu pensava que era só eu, mas acabo de descobrir que mais gente pensa assim. Se somos poucos, podemos ser muitos, se formos muitos podemos mudar alguma coisa.
Quando eu escrevi sobre hierarquia, eu disse que os nossos empregados engravatados mandam em nós porque têm a polícia ao seu lado, mas acho que estou enganado. A polícia é outra organização que pensa que manda em alguma coisa, quando, de fato, é paga por nós, cidadãos pagadores de impostos, para nos proteger. Só que, além de não cumprir sua função, ela acha que pode mandar, porque tem poder, porque anda armada. O detalhe é que, ultimamente, a polícia está mais empenhada em sobreviver do que qualquer outra coisa.
Então os "eleitos" e nomeados podem mandar porque nós deixamos. Nós permitimos que eles mandem. Nós podemos mudar isso, mas só se formos muitos. Podemos votar só em quem prometa mudar isso, que tal?
Agora eu me lembrei da letra do George Harrison para os Beatles:
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