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terça-feira, 17 de outubro de 2006

Leishmaniose

Não há vacina, nem vitamina
Pega só de olhar
Rita Lee (A gripe do amor)

Mato Grosso do Sul é área endêmica para a Leishmaniose visceral, doença grave transmitida por uma porcaria de um mosquito e que infecta, também, os cães. O detalhe é que um cão infectado não tem cura, tem que ser sacrificado, tadinho. Como eu tenho uma renca de cachorrada aqui em casa, resolvi vacinar as três, pois não quero arriscar. Nada seria pior para mim do que ter que sacrificar uma das cadelinhas.

A vacina, dizem, é eficaz, mas o bicho sofre um bocado. O local da aplicação fica extremamente dolorido, dá febre, uma judiação. Pois as reações foram bem diferentes:
  • Fly, a pinscher marrom, é a menor das três. E também a mais agressiva, já mordeu muita gente. Um bicho que quase nada consegue derrubar, resistente, atlética (consegue pular umas três vezes a própria altura). Pois foi a que mais sentiu, ficou de cama, sem andar, sem comer, com febre alta... demos dipirona pra ela, e foi o que a fez melhorar.
  • Sissy, a pinscher preta, sentiu um pouco menos. Ela já é uma senhora, com seus 6 anos de idade, está bem gordinha, não pula mais e é muito paciente, inclusive na hora de comer (ela já sabe, por experiência - coisas da idade - que não vai faltar). Também teve dificudade de andar, tomou dipirona e melhorou.
  • Pinky é o bebê da casa. Poodle branca que, não raro, dorme na cama com a gente. Um bicho frágil e delicado. Pois essa nem sentiu nada, eu até liguei na clínica para confirmar que ela tinha sido mesmo vacinada. Continuou com sua vidinha inútil, como se nada tivesse acontecido.

Mas mesmo com o transitório desconforto delas, vou aplicar as outras duas doses da vacina, pois a alternativa é bem pior. Mas, da próxima vez, vou dar dipirona antes de sair de casa. Analgesia preventiva!

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