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domingo, 18 de fevereiro de 2007

O golpe do disque-seqüestro

Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chico Buarque (Samba do grande amor)

Argemiro, cabra macho até debaixo d'água, recebe uma ligação no seu celular, uma voz masculina, chorando:

- Pai, pelamordedeus, me ajuda, eu fui assaltado!!!
- Zé? É tu, meu filho? É tu, Zé?

Outra voz masculina assume a conversa, em tom ameaçador:
- Olha, estamos com o Zé aqui, já demos uns tapas nele, e se você não pagar ele morre!
- Seu moço, é o Zé, meu filho, que está aí com vocês, chorando desse jeito?
- É ele mesmo, e se você não negociar com a gente, ele morre!
- Olha, quer saber? Pode matar.
- É o seu filho, nós vamos matar ele se você não pagar 30 contos, hoje mesmo!
- Pois mata! Eu não criei filho pra ficar chorando feito baitola, eu não quero mais ele não.
- Mas nós vamos matar ele, vamos judiar muito!
- Judia mesmo! Judia e mata, que boiola comigo é assim. E tem outra: se vocês não matarem, quando ele chegar aqui, mato eu! Não criei filho frouxo, prefiro ele morto. Aliás, você é bandido, né?
- Sou bandido da pior espécie, não tenho pena de ninguém, já matei muitos.
- Então: quanto você quer pra matar ele? Olha, eu pago até 50 'real', acaba com o frouxo e some com o presunto. Não criei filho pra ficar chorando feito quenga arrependida só porque levou uns tapas, pode matar.
- Mas homem, é sangue do seu sangue, vai deixar matar?
- Se você não matar, mato eu, e não quero complicação pro meu lado. Mata você.
- Olha, você pode ir preso.
- Vou não, quem vai matar não sou eu... peraí... esse Zé que tá aí com você é magro ou gordo?
- É magro.
- Então acho que não é o meu, que tá chegando em casa agora... não mata ainda, peraí...

Ao longe, o bandido ouve o Argemiro brigando com o filho, bravíssimo.

- Seu bandido, esse Zé chorão aí não é meu não... então eu não vou pagar procê matar ele, liga pro pai dele, quem sabe ele te paga alguma coisa, viu? No meu Zé eu vou dar uma boa surra, pra ele aprender a ser macho.

E desligou o telefone.

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa, fazia tempo que eu naum ria duma pseudodesgraça, valw mesmo