Chico Buarque (Flor da idade)
Último dia de aula na facul. Último dia mesmo, pra essa turma. Eles até já fizeram as festas, tiveram colação de grau, baile, aula da saudade (eu até hoje não entendi bem que diabos é isso), mas hoje foi o último dia de aula, por um desses descalabros de calendário escolar.
Eu me lembro que, durante meu doutorado, eu presenciei a última aula de uma turma da disciplina de Materiais Dentários da USP (desculpem a falta do link, não consegui recuperar o post). Essa turminha estava no meio do segundo ano de curso, mas a energia, a alegria, a festa, enfim, tudo foi parecido com essa aula de hoje. Era o mesmo clima de liberdade, de superação, de puro contentamento. Depois eles saíram fazendo buzinaço pelo campus, na maior bagunça.
Deu até inveja (das boas), e uma saudade enorme dos meus tempos de acadêmico.
Ah, e aproveitando o post: hoje, pela primeira vez depois do começo da presbiopia, eu dei aula sem óculos no laboratório. Usei lente de contato. Colocar aquilo no olho é um pesadelo, é anti-natural enfiar o dedo no olho, mas eu consegui. E consegui enxergar o suficiente pra ler a bula dos materiais. Foi uma tremenda vitória, porque eu detesto óculos. Acho que vou me acostumar com a coisa.
Atualização:
Eu já tive outro blog, onde escrevi o tal post sobre a última aula, de que eu falo aqui. Depois de muito pensar, consegui me lembrar onde estava, então, transcrevo aqui o texto, para explicar melhor:
03/06/2004 12:50
Férias chegando! - ou, como as coisas mudam ligeiro...
Estamos chegando perto. O esperado último dia de aulas do semestre está cada vez mais próximo, com toda a adrenalina que esse fato acarreta, a expectativa de ficar uns dias em casa sem fazer nada, pegar um cinema, a turma toda combinando festas de confraternização, um certo clima de véspera de feriado no ar... e por outro lado, estresse por causa das provas. Eu fico sempre muito curioso nesses dias, mais ainda no final do ano, mas agora também pinta uma certa sensação de estranheza em ver como tudo muda em questão de segundos.
Explico: hoje teve prova. Os alunos passaram, em algumas horas, por três estados de ânimo bem diferentes, ou talvez até mais, mas eu consegui identificar três: primeiro estavam excitados, falavam alto, era a antecipação da prova teórica, sempre temida. Depois da prova veio a revolta, porque tinha pergunta mal formulada, pergunta dificílima, pergunta esquisita, e os professores resolveram corrigir a prova na hora. Foi um rebu danado, todo mundo bravo! Em compensação, assim que eles saíram da sala, abriram-se os sorrisos, esqueceram-se dos problemas (ah, que delícia ter vinte e poucos anos, que beleza...) e saíram combinando a festa da sexta à noite. Eu fiquei encantado com a alegria deles!
Eu, que me considero um escargot ainda na melhor das formas física e mental, talvez já tenha perdido um pouco dessa capacidade de me esquecer de TUDO para combinar uma festa, ficar feliz e com o espírito leve só de falar no assunto, me entregar tanto.
Talvez. Mas, pensando bem, ver a moçada tão alegre me contagiou e eu, por alguns minutos, enquanto os observava de novo falando alto, correndo de um lado para outro, sacando os celulares, também me esqueci dos meus miúdos e ridículos questionamentos cotidianos e tive, também, vinte e poucos anos, voei um pouco, e me achei no direito de fazer isso.
Talvez eu ainda tenha vinte e poucos, mesmo que esses poucos sejam mais vinte e poucos, heheheh.
Férias chegando! - ou, como as coisas mudam ligeiro...
Estamos chegando perto. O esperado último dia de aulas do semestre está cada vez mais próximo, com toda a adrenalina que esse fato acarreta, a expectativa de ficar uns dias em casa sem fazer nada, pegar um cinema, a turma toda combinando festas de confraternização, um certo clima de véspera de feriado no ar... e por outro lado, estresse por causa das provas. Eu fico sempre muito curioso nesses dias, mais ainda no final do ano, mas agora também pinta uma certa sensação de estranheza em ver como tudo muda em questão de segundos.
Explico: hoje teve prova. Os alunos passaram, em algumas horas, por três estados de ânimo bem diferentes, ou talvez até mais, mas eu consegui identificar três: primeiro estavam excitados, falavam alto, era a antecipação da prova teórica, sempre temida. Depois da prova veio a revolta, porque tinha pergunta mal formulada, pergunta dificílima, pergunta esquisita, e os professores resolveram corrigir a prova na hora. Foi um rebu danado, todo mundo bravo! Em compensação, assim que eles saíram da sala, abriram-se os sorrisos, esqueceram-se dos problemas (ah, que delícia ter vinte e poucos anos, que beleza...) e saíram combinando a festa da sexta à noite. Eu fiquei encantado com a alegria deles!
Eu, que me considero um escargot ainda na melhor das formas física e mental, talvez já tenha perdido um pouco dessa capacidade de me esquecer de TUDO para combinar uma festa, ficar feliz e com o espírito leve só de falar no assunto, me entregar tanto.
Talvez. Mas, pensando bem, ver a moçada tão alegre me contagiou e eu, por alguns minutos, enquanto os observava de novo falando alto, correndo de um lado para outro, sacando os celulares, também me esqueci dos meus miúdos e ridículos questionamentos cotidianos e tive, também, vinte e poucos anos, voei um pouco, e me achei no direito de fazer isso.
Talvez eu ainda tenha vinte e poucos, mesmo que esses poucos sejam mais vinte e poucos, heheheh.
Um comentário:
Sapicho amigo!
Eu já estou que nem Camões enchergando com um olho só, acho que vou partir para essa também!
Amplexos
Sapa da perna fria!
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