Mas eu tô ficanco velho
Cada vez mais doido varrido
Rita Lee (Ôrra, meu)*
Fui jantar no Bahamas. Aqui em Jampa, Bahamas é um restaurante. Em Sampa, puteiro. Aqui tem música ao vivo, e o mais impressionante é que o músico tocou (e cantou, bem) uma tremenda seleção de músicas do Mato Grosso do Sul, com direito a Cuitelinho, Trem do Pantanal (Sobre todos os trilhos da terra, para quem conhece) e Kikyo, uma raridade do Geraldo Espíndola que eu pensava que só eu conhecia fora do MS. Confesso que, aqui no nordeste, eu gosto muito de ouvir música nordestina, até porque as músicas do MS eu toco em casa, mas foi bom ouvir algo que me lembrou de velhos tempos.
Em casa liguei a TV e estavam lá, Danilo, Dori e Nana, filhos do Dorival Caymmi, cantando músicas do pai. Misericórdia, como o Dori toca violão!!! Ele encontra harmonias absolutamente imprevisíveis, uma coisa que eu ainda não tinha prestado atenção. Eu sabia que eles todos eram músicos de primeiríssima qualidade, mas o violão do Dori nas músicas - que não são exatamente sofisticadas - do Dorival foram fantásticas. Marina foi impressionante. Eu toco Marina simplesinha, achando que toco muito bem... que nada! Eu achava que tocava com harmonia sofisticada, mas sou um nada. Ele é o cara. Caymmi é o cara.
Quase decidi nunca mais tocar Caymmi. Mas é muito bom pra não tocar mais. Mesmo tocando mal, eu continuo. Não espero melhorar, mas acho que não passo vergonha tocando.
Minha jangada vai sair pro mar...
* Eu não sei porque a música "Ôrra, meu", da Rita Lee, aparece com a letra de "Obrigado, não", também dela. Bobeira de quem publicou. Imperdoável.
Um comentário:
Se você parar de tocar caymmi eu paro de cantar com você ! Xêroooooooooo
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